terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lama invade parte da imigrantes e rodovia é interditada


26/02/2013 18h31 - Atualizado em 26/02/2013 18h31

Faixa da pista Norte da Imigrantes foi fechada nesta terça-feira (26).
Polícia pede que motoristas evitem subir ou descer a serra agora.

Do G1 Santos
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Uma faixa da pista Norte da Rodovia dos Imigrantes foi fechada na tarde desta terça-feira (26) pela Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes. A medida foi tomada por conta da lama que escorreu durante a limpeza da caixa de contenção, compartimento que evita a queda de terra na estrada.
O trecho isolado fica no Km 52, a 300 metros do túnel onde um deslizamento na última sexta-feira (22) matou uma jovem. A operação no momento é a 5x5, a descida da serra está sendo feita pelas pistas Sul da Anchieta e da Imigrantes. A subida acontece pelas pistas Norte das duas rodovias. Segundo a Ecovias, o tráfego segue lento na Imigrantes do Km 57 ao 46, sentido São Paulo, devido ao excesso de veículos. A Polícia Rodoviária pede que motoristas evitem subir ou descer a serra neste momento.
Na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, uma colisão entre dois caminhões no Km 267, sentido Guarujá, interditou a faixa da direita e causa lentidão do Km 268 ao 267. Também há congestionamento do Km 253 ao 248 e na SP 248, do Km 1 ao 5, sentido Guarujá, reflexo da manifestação de caminhoneiros na altura da Rua do Adubo, em Guarujá, no litoral de São Paulo. As demais rodovias têm tráfego normal. No sentido Cubatão, há lentidão do Km 266 ao 270, por excesso de veículos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Menina de onze anos morre após enxada em São Sebastião,litoral paulista

'Onde era casa, virou rio', diz morador após enxurrada em São Sebastião

Criança de 11 anos morreu e 130 ficaram desalojados com forte chuva.
Chuva continua neste sábado (23), prefeitura montou pontos de ajuda.

Carlos Santos Do G1 Vale do Paraíba e Região
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'Onde era casa virou rio', diz morador após enxurrada em São Sebastião (Foto: Leandro Saadi)Tempestade destruiu ao menos seis casas em regiões carentes da cidade. (Foto: Leandro Saadi)
O fotógrafo Leandro Saadi, de 33 anos, registrou momentos do temporal de aproximadamente quatro horas que matou na noite de sexta-feira (22) uma menina de 11 anos e destruiu casas, veículos e acessos viários em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. A chuva continua neste sábado (23).
Além da vítima fatal, a tempestade invadiu cerca de 400 casas em áreas carentes de diferentes regiões da cidade, como Maresias, Barra do Sahy, Juquehy e Sertão do Cambury. A chuva deixou ainda cerca de 130 pessoas desalojadas, além de 20 famílias desabrigadas já que a água destruiu ao menos seis casas.
'Onde era casa virou rio', diz morador após enxurrada em São Sebastião (Foto: Leandro Saadi)Carros e motos foram levados pela força da água.
 (Foto: Leandro Saadi)
Ao G1, Saadi disse que nunca havia presenciado um temporal tão forte e rápido. Morador da  região há 23 anos, ele participou neste sábado (23) dos trabalhos de auxílio às famílias atingidas. "Não sei nem se foi a quantidade de chuva, mas sim a velocidade com que ela desceu. A chuva desceu como uma avalanche de água. Quatro ou cinco casas foram totalmente destruídas. Onde era casa, virou rio", afirmou ao G1.
Saadi contou ainda que passou a madrugada e a manhã auxiliando as pessoas atingidas pelo temporal. "Tudo próximo ao rio ficou destruído, mas houve diversos pontos afetados. A água levou tudo que estava no caminho. Nunca vi nada assim", disse o fotógrafo, que registrou momentos do temporal.
'Onde era casa virou rio', diz morador após enxurrada em São Sebastião (Foto: Leandro Saadi)Foto mostra entrada da garagem da casa onde
morava a criança atingida pela enxurrada.
(Foto: Leandro Saadi)
O fotógrafo relatou ainda que pouco antes de ser atingida pela enxurrada, a mãe da vítima pediu ajuda a um amigo. A mãe da criança morta pela enxurrada é professora e segue internada no Pronto Socorro em estado de choque e com escoriações pelo corpo.

"Elas ficaram na laje da casa, que era um sobrado. Ela disse que só viu uma onda enorme chegar e destruir tudo", afirmou. A mãe foi encontrada durante a madrugada com ferimentos, já a menina só foi encontrada na manhã deste sábado, cerca de um quilômetro de onde ficava a casa.

A região do Areião, no Sertão do Cambury, afoi a mais afetada pela força da água. No local,  200 casas foram invadidas pela água o que obrigou a saída de 54 pessoas que foram para casas de parentes. No mesmo bairro, só que na área do Lobo Guará, a água chegou 2,15 metros de altura e causou a retirada de quase 40 pessoas. Segundo a  Defesa Civil, em Maresias, o alagamento atingiu 117 imóveis e 37 pessoas deixaram suas casas e passaram a noite com parentes.

Imigrantes segue interditada após grande temporal em SP


23/02/2013 16h26 - Atualizado em 23/02/2013 16h28

Mulher de 43 anos morreu soterrada no acidente que aconteceu no Km 52.
Tráfego segue lento nas rodovias que dão acesso ao litoral de São Paulo.

Do G1 Santos
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Imigrantes segue interditada no sentido São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)Imigrantes segue interditada no sentido São Paulo
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A pista norte da Rodovia dos Imigrantes segue totalmente interditada neste sábado (23) por conta da queda de uma barreira no km 52 da via no final da tarde desta sexta-feira (22), no sentido São Paulo. Uma pessoa morreu e 24 veículos foram parcialmente soterrados pelo deslizamento de terra. A estrada é um das principais vias de acesso ao litoral do Estado.

Até às 16h20, o Sistema Anchieta-Imigrantes registrava diversos pontos de lentidão no sentido Baixada Santista. A pista da Imigrantes tem tráfego congestionado do km 60 ao km 65, e a Anchieta está congestionada do km 63 ao km 65. Já no sentido Capital, a Anchieta está com lentidão do km 65 ao km 55.

Na Rodovia Cônego Domênico Rangoni o tráfego é lento no sentido Cubatão do km 263 ao 270. Já a Padre Manoel da Nóbrega tem tráfego fluindo bem nos dois sentidos.
Deslizamento na Imigrantes (Foto: Arte/G1)
Acidente
Uma queda de barreira no KM 52 da rodovia dos Imigrantes, uma das principais vias de ligação com a Baixada Santista, no litoral de São Paulo, deixou uma pessoa morta e 24 carros soterrados no final da tarde desta sexta-feira (22). O acidente aconteceu nas pistas que dão acesso a São Paulo, e na manhã deste sábado continuam totalmente bloqueadas. Outros deslizamentos aconteceram nas pistas da Via Anchieta, também no sentido Capital, que chegou a ser bloqueada, mas foi liberada minutos depois.

Todos os veículos que se envolveram na ocorrência foram retirados do local e, agora, as equipes da Ecovias, concessionária que administra as estradas, trabalham na desobstrução e limpeza da via.

Plano estadual de combate ao Crack funciona somente no centro da capital paulista


23/02/2013 16h47 - Atualizado em 23/02/2013 16h47

Secretaria de Saúde diz que não registrou internações compulsórias.
Pacientes foram internados por medida judicial em Campinas e Araraquara.

Do G1, em São Paulo*
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Morador de rua circula pela região da 'antiga' cracolândia, na região central de São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1)Morador de rua circula pela região da 'antiga'
cracolândia, na região central de São Paulo
(Foto: Glauco Araújo/G1)
O programa de atendimento a viciados em crack do Estado de São Paulo funciona apenas no Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) na região central da capital paulista. A estrutura que passou a ter juízes e promotores de plantão para atender casos de internação compulsória existe somente na cidade de São Paulo, não sendo acessível aos usuários de drogas no interior do estado. É o que mostra levantamento feito por jornalistas do G1 pelo Estado*.
Fora da capital, quem tiver necessidade de apoio jurídico, psicológico e de assistência social tem de procurar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que funcionam em convênios com as defensorias públicas e promotoria. Nos locais onde não há defensores públicos, o atendimento é levado para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nas cidades.
O Cratod tem 26 médicos - entre clínicos, psiquiatras e neurologistas - 12 psicólogos, 8 assistentes sociais, 1 terapeuta ocupacional e 1 equipe de enfermagem. Eles cuidam da saúde, do descanso e da alimentação dos dependentes. Outra equipe trabalha para garantir as internações.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ao G1 que há necessidade de mais Cratods em outras regiões do estado, mas não existe previsão. “Estamos estudando a ampliação do número de centros [Cratods]. Estamos em fase de planejamento e logo mais anunciaremos a ampliação do serviço.”
A internação voluntária é a que ocorre quando o paciente aceita ser internado. Internação involuntária é quando o pedido é feito por familiares. A internação compulsória é determinada pela Justiça.
A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que foram registradas 223 internações de viciados em drogas e álcool desde 21 de janeiro deste ano, quando o Cratod passou a ter plantão jurídico para autorizar as internações compulsórias quando fosse identificada a necessidade, o que não ocorreu, de acordo com a pasta. Do total de internações, apenas 17 foram involuntárias e nenhuma delas foi compulsória.
As internações, ainda segundo a secretaria, ocorreram em hospitais da rede pública e conveniada dentro do novo programa no tratamento de dependentes químicos.
Balanço de um mês
Ainda segundo o balanço apresentado pelo governador de São Paulo, nesta terça-feira (19), 1.509 dependentes químicos foram acolhidos em comunidades terapêuticas e casas de acolhimento no período. Esses usuários de drogas são orientados pela assistência social a procurar tratamento ambulatorial nos CAPS, mesmo em São Paulo.  O governo do estado também registrou 8.171 telefonemas com orientação às famílias de todo o estado.
O estado de São Paulo tem 876 vagas para internação. No Cratod, os dependentes esperam até dois dias pela vaga. Segundo a Secretaria de Saúde da capital, os leitos disponíveis não são municipalizados. Os pacientes de uma cidade podem ser internados em outro município, de acordo com a disponibilidade de vagas.
mapa_cracolandias_sao_paulo_300 (Foto: Editoria de Arte / G1)
Internação compulsória no interior de SP
Apesar de a Secretaria de Saúde de São Paulo informar que não houve internação compulsória no estado, há dois pacientes internados desta maneira em Campinas (SP). A prefeitura aderiu ao programa de internação compulsória do estado, mas priorizando outras políticas de tratamento para dependentes químicos.
De acordo com dados oficiais do município, cinco pacientes na rede municipal de saúde foram internados compulsoriamente no Hospital Psiquiátrico Cândido Ferreira. Destes, dois pacientes estão internados desde o início do programa do estado, em janeiro. Outros três pacientes estão internados da mesma maneira, mas iniciaram o tratamento no ano passado.
Ainda em Campinas, seis pacientes estão internados voluntariamente no Hospital Psiquiátrico Ouro Verde, sendo metade para tratar vício por droga e três por álcool.
Em Araraquara (SP), desde o início da internação compulsória adotada pelo governo, 12 dependentes químicos foram encaminhados para tratamento, segundo a Secretaria de Saúde da cidade. Os pacientes foram acompanhados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público. Na cidade, não há hospital específico para o tratamento de dependentes químicos, mas a prefeitura mantém convênio com uma clínica de Limeira (SP) para internar os pacientes.
Além da internação compulsória, o Conselho Municipal Antidrogas (Comad) observou aumento na procura de internações voluntárias. Segundo levantamento feito pelo presidente do órgão, Marcio Wiliam Servino, as comunidades terapêuticas da cidade registraram um aumento na procura desse tipo de internação, mas não informaram os números.
A cidade de Ribeirão Preto não aderiu ao programa do governo do estado e a Secretaria Municipal de Saúde e não informou o levantamento sobre internações voluntárias.
Em Piracicaba, a Secretaria de Saúde informou que não aderiu ao programa e que encaminha este tipo de paciente sempre para os CAPS. A pasta não forneceu números sobre a situação.
Outras cidades
Em Registro (SP) foram registradas cinco internações voluntárias. Na cidade há uma unidade do CAPS. Não houve registro de internações compulsórias e involuntárias.
Em Presidente Prudente, nenhuma internação compulsória foi feita, todas as 190 vagas são de internação voluntária, sem especificação de causa ou tipo de droga. Todas estão ocupadas em sistema de rotatividade. Segundo Marly Fernandes dos Santos, coordenadora do CAPS na cidade, em média, o número de internações por semana não chega a duas pessoas nos dois hospitais psiquiátricos. A cidade tem um CAPS para atendimento adulto e está construindo uma unidade para atendimento infantil.
Em Guarulhos, quatro pacientes foram internados em 2013, sendo duas internações voluntárias. As outras duas foram originalmente iniciadas por meio de decisão judicial, mas que se transformaram em tratamento voluntário. A cidade tem sete CAPS.
Em Santos, a prefeitura informou que não houve internações compulsórias para tratamento a viciados em drogas e álcool, mas não informou o número de internações voluntárias ou involuntárias.
Em Sorocaba e em Tatuí não foram registradas internações involuntárias e compulsórias. Em Itapetininga foram feitas três internações compulsórias.
ABC Paulista
Em Diadema, a prefeitura informou que todas as internações no CAPS AD (álcool e drogas) foram voluntárias desde o inicio do ano. São oito pacientes viciados em crack, sendo que sete deles iniciaram o tratamento após 21 de janeiro nas cinco unidades de CAPS da cidade.
Em Santo André, a Secretaria de Saúde informou que, até esta sexta-feira (22), foram feitas quatro internações voluntárias no CAPS AD, sendo uma mulher e três homens. Ainda nesta sexta-feira, um mandado judicial foi recebido pela pasta para cumprimento de uma internação compulsória de um adolescente de 16 anos viciado em crack. O caso, no entanto, ainda passará por análise da coordenação de Saúde Mental do município.
Ainda em Santo André, existem seis leitos na enfermaria e emergência psiquiátrica no Centro Hospitalar Municipal (CHM). A cidade dispõe de quatro CAPS, sendo um adulto e 24 horas para tratamento de vício em álcool e drogas, um infantil também 24 horas e dois para transtornos mentais.
Em São Bernardo, a Secretaria de Saúde informou que mantém um modelo diferente do adotado pelo governo do estado para tratar pacientes com transtornos mentais como às pessoas em uso abusivo de álcool e outras drogas. A estratégia municipal direciona o tratamento à ressocialização e ao restabelecimento dos vínculos familiares, além da recuperação da autonomia, da dignidade humana e da liberdade, entre outros direitos.
A secretaria de Saúde de São Bernardo também informou que é contra a internação compulsória e considera que a medida exclui o usuário do convívio social e que, terapeuticamente, se restringe à desintoxicação e à medicalização, com internações prolongadas em serviços fechados.
Ainda em São Bernardo, a ação de tratamento a viciados em drogas, de acordo com a pasta municipal, segue a política nacional do Ministério da Saúde, de projetos terapêuticos individualizados. O atendimento é feito por equipes multidisciplinares. O Consultório de Rua cadastrou 50 pontos de concentração de moradores de rua no município, onde é frequente o consumo de álcool e outras substâncias psicoativas. Mais de 500 pessoas são atendidas nestes locais.
São Bernardo tem um CAPS álcool e drogas para adultos, 24 horas, e outro CAPS AD Infanto-Juvenil também 24 horas. A cidade também dispõe de um Consultório de Rua, um Pronto-Socorro Psiquiátrico, um núcleo de arte para este tipo de paciente, uma república terapêutica para adulto e outra para pacientes infanto-juvenis.
Tratamento às cegas
A inexistência de um modelo de procedimentos para o tratamento dos usuários de crack dificulta a recuperação de dependentes da droga. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a falta de padrão no atendimento facilita as recaídas e colabora para que um terço dos consumidores morra em decorrência do vício.
Em agosto de 2011, na tentativa de estabelecer normas para tratamento, o Conselho Federal de Medicina apresentou o documento chamado "Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack", em que preconiza que o período de internação para "limpeza" do organismo deve durar entre 7 e 14 dias. O texto aponta indícios que devem ser investigados pela equipe médica ao ter contato com o paciente e quais remédios devem ser usados para inibir a vontade de consumir a droga.
A diretriz mostra também a necessidade de um tratamento multidisciplinar, cuidando tanto da parte física quanto das questões psicológicas e de sociabilidade do dependente, na tentativa de prevenir recaídas. O conselho alerta para que os médicos verifiquem outras doenças que possam estar associadas ao uso do crack e orientem o dependente químico para tratá-las.
Algumas clínicas apostam na religiosidade ou em doutrinas que buscam inibir o consumo de álcool ou tabaco para convencer o dependente da cura. Outras preveem rotinas de atividades físicas e escolares, horários regrados e alimentação controlada, além do uso de medicação e acompanhamento psicológico.
Onde estão os viciados em crack?
Sem definição sobre a maneira mais eficiente de prevenir, recolher, entrevistar e tratar quem usa crack, clínicas particulares e unidades estaduais e municipais adotam normas diferentes de atuação. Também não há banco de dados dos pacientes, com informações interligadas pelo Ministério da Saúde, impossibilitando que médicos conheçam histórico de tratamento e medicamentos usados pelos dependentes com mais de uma internação, por exemplo.
O plano "Crack, é possível vencer", lançado em 7 de dezembro de 2011, prevê um trabalho conjunto entre os governos federal, estaduais e municipais nas áreas da saúde, segurança pública, defesa de fronteiras e assistência social.
A pesquisa encomendada pela Presidência da República à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em maio de 2010, custou R$ 6,914 milhões. Segundo o professor e coordenador da pesquisa, Francisco Inácio Bastos, não há previsão para conclusão.
Outro trabalho, da Universidade Federal de São Paulo, apontou o país como maior mercado mundial do crack, onde 2% da população faz uso da droga (2,8 milhões de jovens e adultos). De acordo com o estudo, o Sudeste concentra o maior número de usuários (46%), seguido pelo Nordeste (27%) e pelo Norte (10%).
Cracolândia
Um ano após a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual intensificarem as ações contra o crack, a chamada cracolândia no Centro da capital resiste e ganha "filiais". Dados da administração municipal e da Defensoria Pública, relatos de policiais militares, guardas-civis e ex-dependentes químicos, além de flagrantes do G1, indicam que ruas e avenidas da região central seguem ocupadas por usuários e traficantes de drogas. Moradores de bairros das zonas Sul, Norte, Leste e Oeste da cidade também passaram a conviver com usuários reunidos em minicracolândias.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Morre a 238a vítima do incêndio da boate Kiss


05/02/2013 15h02 - Atualizado em 05/02/2013 15h34

Fogo atingiu a boate Kiss na madrugada do dia 27 de janeiro.
Jovem de 20 anos estava internado na Santa Casa de Porto Alegre.

Do G1 RS
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Morreu na tarde desta terça-feira (5) a 238ª vítima do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, informou a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. O jovem de 20 anos estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. A família pediu que o nome do rapaz não seja divulgado. A tragédia ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro.
Com relação aos feridos, 81 pessoas ainda seguem internadas em Porto Alegre, Santa Maria, Canoas e Caxias do Sul. Segundo a Secretaria da Saúde, onze pacientes tiveram alta nas últimas 24 horas, a maioria nos hospitais da cidade onde aconteceu a tragédia. Dos internados, 22 permanecem em ventilação mecânica.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 237 mortos na madrugada do último domingo (27). O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
Equipamentos de gravação estavam no conserto.

Senado ouve ministros nesta semana sobre operação porto seguro


03/12/2012 07h00 - Atualizado em 03/12/2012 07h00


Audiência com Cardozo (Justiça) e Adams (AGU) está marcada para quarta.
No mesmo dia, está prevista votação do relatório final da CPI do Cachoeira.

Iara LemosDo G1, em Brasília
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Com convites já aprovados, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) irão ao Senado na próxima quarta-feira (5) para explicar providências tomadas após a deflagração da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de fraude de pareceres técnicos de órgãos públicos com a finalidade de beneficiar empresas privadas.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, em audiência na Câmara (Foto: Antônio Cruz/ABr)O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, em audiência na Câmara (Foto: Antônio Cruz/ABr)
Os depoimentos tem aval do governo e as datas foram anunciadas pelo líder Eduardo Braga (PMDB-AM) e os dois ministros já confirmaram presença. O primeiro a falar será Cardozo, em audiência marcada para as 11h, da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão de Fiscalização e Controle. Adams fala na mesma comissão às 14h30.
Os senadores querem que o Cardozo fale sobre o alcance das investigações da Polícia Federal que resultou em pelo menos 18 pessoas indiciadas (a maioria, servidores públicos), das quais seis presas. Adams é esperado para falar do ex-advogado-geral- adjunto José Weber Holanda, que era seu auxiliar direto e foi exonerado devido a suspeitas de envolvimento com o esquema.
Segundo a PF, Holanda teria beneficiado o ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM) na regularização de duas ilhas no litoral paulista, emitindo parecer favorável na AGU em troca de vantagens. As investigações dizem que ele recebeu uma viagem de cruzeiro, além de propina, pelas mãos de Paulo Vieira, diretor exonerado da Agência Nacional de Águas, apontado como o chefe do suposto esquema. Ele nega as acusações e diz que pagou pela viagem.
No total, cinco servidores tinham sido exonerados e cinco afastados. As exonerações e afastamentos ocorreram na Presidência da República (um), Advocacia-Geral da União (um), Ministério do Planejamento (um), Ministério da Educação (um), Agência Nacional de Águas (ANA) (um), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) (três) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) (dois). Um servidor do Ministério da Educação responde a processo administrativo.
Entre os exonerados, estão a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, suspeita de integrar o esquema, e a filha dela, Mirelle Nóvoa, assessora técnica da Anac.
CPI
Ainda na quarta-feira (5), a partir das 10h15, os integrantes da CPI Mista do Cachoeira se reúnem para sessão que deve votar o relatório final da comissão. Na última quarta-feira (29), após o relator Odair Cunha (PT-MG) ler um resumo do documento, a comissão anunciou um pedido de vista coletivo (tempo para análise do documento) até o dia 5.
Nesse período, integrantes da CPI poderão sugerir alterações no texto do relatório. As mudanças sugeridas serão analisadas pelo relator, que poderá acatar ou não as mudanças.
O relatório final traz pedido de indiciamento de 29 pessoas e de responsabilização de 12. De acordo com a assessoria jurídica da CPI, no caso dos pedidos de indiciamento, o Ministério Público Federal terá de analisar se haverá inquérito ou ação penal.
O pedido de responsabilização é feito para que o detentor de cargo público responda por crime de responsabilidade, com possibilidade de perda do cargo e dos direitos políticos. No caso do governador, quem decide se abre o processo é a Assembleia Legislativa; nos de deputado federal ou senador, a Câmara e o Senado; no de prefeito, a Câmara Municipal; no de procurador, o Conselho Nacional do Ministério Público.
Entre os responsabilizados, estão o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), o ex-senador e procurador Demóstenes Torres, o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). Entre os pedidos de indiciamento, está o de Fernando Cavendish, presidente da construtora Delta, empresa que teria vínculo com o grupo de Cachoeira, segundo a Polícia Federal.
Fundo de participação
Em plenário, a expectativa é que os senadore votem, na terça-feira (4), o requerimento que pede urgência na apreciação do projeto que define uma nova distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O fundo são os repasses feitos pela União às unidades federativas com base em tributos como o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Hoje, a distribuição é calculada utilizando como fatores a população e a renda per capita.
Se o requerimento for aprovado, a matéria poderá ser levada para plenário ainda na sessão de quarta-feira (5). O relator, senador Walter Pinheiro (PT-BA), manteve os repasses atuais para 2013 e 2014, e determina que os recursos adicionais sejam repartidos levando em consideração os critérios de população e renda dominiciliar per capita, com previsão de transição das regras a partir de 2015. O parecer reuniu as oito propostas que tramitavam na Casa.
O Congresso tem até o final de dezembro para cumprir a determinação dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para votar uma lei complementar que defina os novos critérios de distribuição. A proposta precisa ser votada até dezembro em dois turnos no Senado e na também na Câmara.

Congresso vai deixar orçamento para depois do carnaval



Votação do projeto pelo Congresso foi adiado para depois do carnaval.
Líderes de oposição querem votar vetos antes de analisar Orçamento.

Iara LemosDo G1, em Brasília
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Após mais de uma hora de reunião nesta terça-feira (5), os lideres partidários da Câmara e do Senado não conseguiram chegar a um acordo sobre a votação da proposta do Orçamento, o que levou o presidente do Senado e do Congresso,Renan Calheiros (PMDB-AL), a supender sessão mista de deputados e senadores que havia sido convocada para a tarde desta terça.
Sem acordo, a votação do projeto da lei orçamentária foi adiada para depois do carnaval, sem data definida. Alguns líderes não abrem mão de votar os mais de 3 mil vetos presidenciais antes de analisar a proposta. O cancelamento da sessão foi anunciado por Renan e pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
“O processo legislativo caminha pelo consenso e pelo entendimento. Tanto o presidente Henrique Eduardo Alves quanto eu trabalhamos para apreciarmos hoje [terça] o orçamento, mas não havia consenso. Como todos sabem, dificilmente teríamos quórum, e, como alguns não queriam votar, eu de pronto cancelei a convocação do Congresso Nacional e vamos deixar essa tarefa para mais adiante”, disse Renan Calheiros
O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)O presidente do Congresso, Renan Calheiros
(PMDB-AL) (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)
O presidente do Congresso afirmou ao chegar ao Senado na manhã desta terça que iria sentir a "disposição dos líderes" para confirmar a votação do Orçamento. Ele chegou a convocar a sessão para apreciação do projeto.
No final do ano passado, devido a falta de acordo, os líderes partidários também decidiram adiar para este ano a votação dos 3.060 vetos.
Entre os vetos que precisam ser analisados está o veto ao artigo 3º da Lei os Royalties, feito pela presidente Dilma Rousseff. O artigo 3º do projeto de lei aprovado no Congresso diminuía a parcela de royalties e da participação especial dos contratos em vigor destinada a estados e municípios produtores de petróleo, mas Dilma vetou.
Os parlamentares chegaram a firmar acordo para apreciar, em regime de urgência, o veto à Lei dos Royalties, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o veto não poderia ser votado antes da análise de mais de 3 mil vetos com prazo vencido que ainda não foram apreciados pelo Congresso.
Como naquela ocasião não houve acordo, os parlamentares deixaram a votação do Orçamento para ser realizada assim que começassem os trabalhos de 2013. Na análise do presidente do Congresso, a votação do projeto da lei orçamentária não estaria atrelada à votação dos vetos.
“A decisão do ministro [Luiz] Fux foi de determinar a apreciação dos vetos. Ele próprio declarou para a imprensa que não haveria nenhuma restrição para a apreciação do orçamento. Há uma expectativa nacional quanto a votação do orçamento, tanto que trabalhamos duramente hoje para votarmos o orçamento. O país está esperando que votemos. Infelizmente teríamos de votar o orçamento por consenso, acordo, negociação, mas houve resistência”, disse Renan Calheiros.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), saiu da reunião contrariando a posição do presidente do Congresso. Segundo ele, a oposição irá separar os vetos em blocos para facilitar uma possível votação.
“A decisão do Supremo foi bastante clara. Nenhuma preposição pode ser votada antes dos vetos. Portanto, está cancelada a votação do Orçamento enquanto não votarmos os vetos”, disse.
Posição do governo
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse na segunda, após a abertura do ano legislativo, que o governo esperava pela votação do Orçamento nesta terça.
"Se esta votação não ocorrer, vamos acabar ficando mais um mês sem o Orçamento porque nós temos o carnaval. Então, é algo muito importante que nós tenhamos o cumprimento do acordo [firmado entre os líderes partidários] para que  possamos fazer a votação amanhã [nesta terça]. Eu acredito que deveremos honrar as palavras dadas para a votação do Orçamento”, disse a ministra.